I Colóquio do NEALUMI (Núcleo de Estudos da Arte Luso-Mineira) – O Patrimônio em Minas Gerais: Preservação e difusão dos acervos culturais

O I Colóquio do NEALUMI – “O Patrimônio em Minas Gerais: Preservação e difusão dos acervos culturais” terá como prioridade discutir o patrimônio cultural a partir de uma perspectiva interdisciplinar, onde serão abordados estudos elementares para o conhecimento e preservação dos acervos culturais mineiros. Destaca-se a importância da história da arte, história social, arquitetura e conservação e restauração. Dessa forma, o colóquio buscará abrir espaço dentro do calendário nacional de eventos com enfoque nos debates em História da Arte e Restauração, oferecendo uma programação rica e diversificada, como palestras, comunicações e mesas redondas. Para isso, contará com a participação de docentes de renome em defesa e pesquisa do patrimônio cultural a fim de promover uma rica troca de conhecimento. Sua duração será de três dias, seis a oito de dezembro de 2017, com o custo de trinta reais para os interessados em geral e quinze reais para estudantes e professores a partir de comprovação. Tem-se a estimativa da participação de aproximadamente trezentas pessoas, sendo uma média de trinta docentes, vinte técnicos, cento e trinta discentes da instituição/sede e cento e vinte pessoas da comunidade externa.

 

O NEALUMI (Núcleo de Estudos da Arte Luso Mineira) é formado por professores e alunos de graduação do IFMG, campus Ouro Preto, bem como por pesquisadores colaboradores oriundos de outras instituições. Tem por objetivo realizar uma pesquisa sistemática sobre pintores, escultores e arquitetos atuantes em Minas Gerais nos séculos XVIII, XIX e XX (desde que possuam influência de modismos portugueses) e sobre os quais existe pouco ou nenhum material escrito. O núcleo propõe estudos interdisciplinares, com estudos de documentos primários, visitas a monumentos e discussão de textos diversos, de autores portugueses e brasileiros, como os da lavra de Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira, Adalgisa Arantes Campos, Eduardo Pires de Oliveira, Beatriz Coelho e Isabel Lago.

 

Qualquer tentativa de compreender a história de uma imagem, seja ela uma escultura, pintura ou arquitetura, obedece a uma demanda metodológica. A interpretação da imagem resulta sempre do esforço de situar a obra no interior do contexto unificador que a produziu. Argan afirma que “a história da imagem é definitivamente um empreendimento quase antropológico” [1]. Nesse sentido, discutir-se o legado artístico mineiro é, também, discutir a preservação desse legado como parte intrínseca da memória do estado.

 

Entre outras ações do NEALUMI, frisamos o recente lançamento em Ouro Preto do livro “Minho e Minas Gerais no século XVIII”, do professor português Eduardo Pires de Oliveira, evento que atraiu um grande público ao campus. O lançamento foi acompanhado de uma mesa redonda onde estiveram presentes, além do próprio autor, os professores Myriam Ribeiro de Oliveira e Caio César Boschi.

[1] ARGAN, Giulio Carlo. A história da arte. In.: História da Arte como História da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *